4 de novembro de 2019
Foto: Ricardo Stuckert

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje cumpre 576 dias de prisão política, é um troféu ilegítimo de que a operação anticorrupção de Lava Jato se recusa a devolver.

Isso foi afirmado pelo advogado Cristiano Zanin Martins, que faz parte da defesa do ex-líder trabalhista, durante entrevista ao portal de notícias do UOL, reproduzido por outras mídias.

Ele explicou que ‘dentro do processo legal adequado, da boa aplicação das leis, Lava Jato nunca poderia ter obtido esse troféu’.

Para Zanin Martins, ‘interesses políticos e geopolíticos’ estão envolvidos na condenação do fundador do Partido dos Trabalhadores, que se tornou um ‘troféu ilegítimo’ da Lava Jato.

O advogado explicou que ‘os interesses políticos porque os processos abertos contra o ex-presidente procuravam impedi-lo de competir no cenário político. Isso aconteceu. Ele foi impedido de concorrer às eleições presidenciais de 2018’.

Sobre o aspecto geopolítico, afirmou, ‘a presença dos interesses dos EUA no Brasil é clara, principalmente em relação ao pré-sal (área de reservas de petróleo abaixo de uma camada profunda de sal’.

Ele insistiu que, no final, há um esforço permanente para tentar impor nova violência legal ao ex-presidente.

Zanin Martins considerou que as acusações contra Lula fazem parte de uma perseguição política através do ‘uso perverso das leis’ e pretendem destruir o legado que ele deixou para o país.

Ele admitiu que a prioridade agora é o habeas corpus do Supremo Tribunal Federal por suspeita de sua atuação parcial do ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro.

‘Esta é uma ação extremamente importante para o ex-presidente porque ele está buscando uma declaração de nulidade de seus casos e a restauração de sua liberdade. É também um teste simbólico para a restauração da plenitude do estado de direito’, disse o advogado.

Prensa Latina