Ex-secretário geral da Unasul pede liberdade do preso político Lula
O ex-secretário geral da União de Nações Sul-americanas (Unasul) Ernesto Samper pediu nesta quinta-feira (23) em Curitiba a liberdade do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, ”um prisioneiro político”, enfatizou.
Samper manifestou em declarações à imprensa que veio visitar Lula ‘em seu lugar de confinamento em Curitiba (a Superintendêcia da Polícia Federal) como un ato de solidariedade pessonal e política.
Relatou que o encontrou, como sempre, sereno, entusiasta e positivo. Carregado com ideias e projetos futuros.
Samper, que também é ex-presidente da República da Colômbia, sublinhou que o líder histórico e fundador do Partido dos Trabalhadores não está sozinho, pois a comunidade internacional o acompanha e recorda como o arquiteto da política que transformou o Brasil em um ator global e exemplo na execução de programas de combate à fome e à pobreza.
Essa comunidade falou através do Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas, reclamando um julgamento justo para Lula e que se respeite seu direito a competir nas próximas eleições presidenciais, assinalou Samper.
Nesse sentido, Samper pediu ao Estado brasileiro que respeite os compromissos internacionais assumidos e ao Comitê de Direitos Humanos da ONU que envie uma delegação de observadores para verificar o cumprimento de sua determinação, em particular a aplicação das regras universais do devido processo legal e a presunção de inocência.
Lula foi vítima de uma implacável, casi desumana perseguição judicial e midiática, e cada dia é maior a convicção internacional de que é um preso político e como tal deve ser libertado para que possa continuar trabalhando pelo Brasil democrático, inclusivo e reconciliado com que ele segue sonhando no cárcere.
Advogados da defesa do ex-presidente afirmaram que o Estado brasileiro não pode esquivar-se da determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU sobre seu direito a ser candidato presidencial.
É ‘impensável e incompatível com a boa fé descumprir tal resolução, depois que o Brasil confirmou em 2009 o compromisso de respeitar as decisões desse órgão internacional, avaliaram os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins.
Resistência, com Prensa Latina