4 de outubro de 2018

“Esse país tem um potencial extraordinário. É preciso apenas que as pessoas tenham consciência de que a solução econômica do Brasil passa pelo fato da gente colocar os pobres dentro da economia, do orçamento brasileiro”

Transcrição
“O que é triste é a gente ver o Brasil não crescer.

Você não sabe quando eu olho para trás e vejo como eu deixei esse país em 2010 e ver o Brasil hoje me dá tristeza.

Eu vejo gente dormindo na rua em São Paulo, quando eu vejo criança voltando a pedir esmolas no semáforo, para mim é muito, muito triste, porque a gente tinha acabado com isso no Brasil.

A gente tinha acabado com esse negócio de criança de pedir esmola, a gente estava diminuindo muito os moradores de rua.

As pessoas estavam conquistando decência, cidadania, respeito, prazer pela vida. E coisa que estou vendo agora as pessoas voltarem a mendigar o pão de cada dia.

Eu estava lembrando esses dias que nós tivemos a maior seca no Nordeste brasileiro. Foram cinco anos de seca consecutivos e não houve nenhum saque, não houve nenhum assalto aos supermercados porque as políticas sociais que nós criamos sustentava aquele povo trabalhando e comendo um mínimo necessário.

Então, esse país ainda é possível ele voltar a acontecer. Esse país é muito grande. Esse país tem um potencial muito extraordinário. É preciso apenas que as pessoas consciência de que solução econômica do país passa pelo fato da gente colocar os pobres dentro da economia, dentro do Orçamento brasileiro.

Eu tenho um ditado que norteia a minha vida que é o seguinte: muito dinheiro nas mãos de poucos é concentração de riqueza, pouco dinheiro na mãos de muitos é distribuição de riqueza.

E é isso que nós vamos fazer, colocar dinheiro na mão do povo para ele poder, com o resultado do seu trabalho, comer, ter o prazer de ir em um restaurante e levar a sua família para comer. Ter o prazer de fazer um churrasco com uma boa costela, uma boa picanha, uma boa alcatra, tomando uma cervejinha gelada.

Tudo isso é coisa que a gente sonha, que a gente acredita, que a gente quer. Não é luxo, não. É construir aqueles prazeres que a vida nos garante. É para isso que a gente trabalha. É para isso que a gente constrói família, é para a gente viver bem. E para com essa história de que o povo que viver mal, comer mal, se vestir mal, tem que ganhar não. Não. Esse tempo já acabou.

O povo tem o direito de ter as coisas que ele produz. O povo tem o direito de ter geladeira, ter computador, ter carro, ter televisão. O povo tem até o direito de viajar de avião. O povo tem que ter direito. Por que o pobre tem que viajar de ônibus e rico de avião?

Então, é esse país que nós precisamos construir. Sem ranço, sem mágoa, sem inveja, sem ódio. Um país com muita fraternidade e muita solidariedade.

Eu tenho fé em Deus que nós vamos reconstruir esse país.”

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