MARCHA NACIONAL LULA LIVRE
Mais de 20 mil pessoas se reuniram em frente ao TSE em forma de protesto para apoiar o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ato contou com a participação dos integrantes da chapa presidencial Fernando Haddad e Manuela D’Avila. A presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, dirigentes, governadores e parlamentares também foram acompanhar o registro da candidatura. A enorme mobilização, transmitida ao vivo pela internet, deixa evidente o quanto Lula tem força junto ao povo e como a farsa criada pela mídia em conjunto com a Lava Jato está cada dia mais óbvia para brasileiras e brasileiros.
Entre as pessoas que estiveram presentes para apoiar o ato havia cinco mil militantes de movimentos sociais, a maioria do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. O MST organizou a Marcha Nacional Lula Livre que saiu de três pontos diferentes do estado de Goiás reunindo integrantes de diferentes movimentos sociais. Cada um dos grupos marchou por cerca de 50 quilômetros para alcançar a capital federal. A Coluna Prestes, composta por cerca de 1.500 pessoas era formada por pessoas das regiões Sul e Sudeste do país. A Coluna Tereza de Benguela, também com cerca de 1.500 integrantes, foi composta por trabalhadores oriundos das regiões Norte e Centro-Oeste. A terceira, a Coluna Ligas Camponesas, foi formada por 2.000 pessoas que vêm de oito estados do Nordeste.
O grande encontro das três colunas aconteceu no Eixo Monumental. Os militantes ocuparam a praça por cerca de duas horas e seguiram para o estádio Mané Garrincha aonde aguardaram até quarta-feira para se dirigirem ao grande ato de apoio ao registro da candidatura do presidente Lula.
Nas colunas, o sentimento dos que marcham era de indignação. Adda Luísa, 19 anos, militante do Levante Popular da Juventude e estudante de Direito reafirmou o que tem sido amplamente defendido pela esquerda, “Lula é vítima de uma perseguição política sem limites”. Adda disse que a Justiça brasileira deixou de seguir a Constituição para reforçar uma prática punitivista que não agrega em nada para o Brasil.
Eulivânia de Cássia oriunda do Quilombo Mesquita, em Goiás, disse que Lula é vítima de uma injustiça e que estão fazendo isso com ele porque o ex-presidente se importa com os que são mais simples. Já Alzenira Montelo, do MST do Maranhão, afirmou que está marchando porque o Brasil precisa entender a importância de Lula para o povo. “Se Lula está preso, nós estamos presos. Lula é o representante do povo. Lula é o povo”, disse.
O sentimento de solidariedade ao ex-presidente Lula também está relacionado à enorme mudança ocorrida nas vidas dos trabalhadores rurais. Eles dizem que obtiveram garantias para serem reconhecidos e respeitados, que tiveram acesso a crédito para investirem em suas plantações, que passaram a ter muito mais qualidade de vida do que tinham antes e que conseguiram ter acesso às universidades. Os trabalhadores garantiram que o dia 15 foi apenas mais uma etapa da luta para libertar o ex-presidente. Ela só vai terminar quando Lula estiver em liberdade e governando o país.