Resistência internacional contra o fascismo no Brasil
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O inimaginável venceu o segundo turno das eleições presidenciais brasileiras no dia 28 de outubro. Esse projeto político ultraliberal, antidemocrático e antissocial obteve 55,13% dos votos do povo brasileiro em uma campanha agressiva contra Fernando Haddad, o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT).
Uma campanha alimentada pelo ódio, onde mais de 50 ataques físicos de torcedores de Bolsonaro foram registrados entre os dois turnos.
Desde 2016, o Parti de Gauche engajou-se ao lado do PT e das outras forças políticas de esquerda para defender a democracia e o Estado de Direito. Manifestamos toda solidariedade aos nossos companheiros e nos envolvemos com eles na resistência contra a arbitrariedade e a repressão que virão.
Denunciamos fortemente as múltiplas fraudes eleitorais praticadas durante esta campanha que influenciaram irreversivelmente o resultado. Começando com a inelegibilidade do candidato Lula, vítima de um julgamento tendencioso por parte de instituições que não respeitaram as diretrizes do Comitê de Direitos Humanos da ONU. Mas pedimos também que seja feita justiça em torno do investimento ilegal de 3 milhões de euros por empresas privadas para espalhar milhares de notícias falsas nas redes sociais.
Chamamos todas as forças progressistas do mundo a medir a gravidade desse resultado. Os principais autores da ascensão da extrema direita de ambos os lados do Atlântico são as oligarquias políticas e financeiras que estão cada vez mais interferindo nas instituições públicas para satisfazer seus interesses escravizando os povos. Apenas um projeto político centrado no interesse público e na emancipação dos cidadãos poderá derrotar o fascismo.